segunda-feira, 25 de maio de 2015

NOVAS POSSIBILIDADES


Nos últimos tempos tenho tido enorme necessidade de escrever mas não o faço.
Hoje sentei aqui e vou tentar colocar no papel para me ajudar na arrumação.
Plagiando uma amiga das aulas de Constelação, me sinto uma máquina de lavar roupas, batendo, com várias peças. Mas não está ruim. Apenas desarrumado.

Este final de semana o tema do workshop foi RELACIONAMENTOS.
E NOSSA! Como mexeu comigo e com todos que lá estavam.
Algumas coisas percebidas:
 Quando cantamos uma música para alguém ( e normalmente as letras são bem exageradas para uma vida dita normal), damos ao outro um peso enorme para carregar dependendo da forma que ele ouve. Por exemplo: você é luz! É raio, estrela e luar... imagina se o outro olha para si e pensa em sua realidade: uma pessoa normal, com coisas boas e ruins, e de repente ele  é para alguém luz, raio, estrela e luar...Meu Deus. Quanto peso!

Nunca tinha pensado por este ângulo, mas faz para mim total sentido. Creio que a sensação deve ser muito parecida de quando me dizem que sou especial por ter uma filha com necessidades especiais: eu não me sinto assim, sou cheia de defeitos, e de certa forma até sinto um pouco de vergonha.
Acontece que a pessoa que recebe este peso, tem a tendência de se afastar, e imaginem vocês se  é uma mulher cantando para um homem para “conquista-lo”?
Dependendo como isso bater para ele, vai se afastar. Não há dúvida!

Talvez tenha afastado pessoas por este motivo, por colocá-las num pedestal, o que não é, pois ninguém é.  Sinto muito.
 Depois de  um tempo, percebia que a pessoa não era bem aquilo que estava na minha fantasia, e sentia-me  frustrada, acreditando que a pessoa tinha mudado, só que não. A pessoa era a mesma. Eu que passei a vê-la como realmente é. Isso não é  um soco no estomago? Pelo menos no meu foi. Uma sacudida daquelas e a percepção que sempre fiz errado. Sinto muito mesmo. Não era isso que eu desejava!

 Felizmente isso sabido, posso mudar e ser mais feliz, mais eu mesma, e quem sabe, as pessoas não se afastem tanto?

Outra coisa percebida, é o quanto ainda estou filhinha do papai. Quando isso acontece, a tendência numa relação é encontrar um filhinho da mamãe. Sendo assim, inconscientemente busco no parceiro o meu pai e ele busca a sua mãe. Pode dar certo isso? Claro que não. Por toda minha vida me relacionei com filhinhos de mamãe.
Nenhum companheiro é capaz de me dar o que eu esperava  do meu pai, e não recebi. Nenhuma companheira pode dar ao filhinho da mamãe o que ele esperou da sua mãe, e não teve. O que ocorre, penso eu, é que normalmente esta relação será muito mais de mãe e filho do que Homem/Mulher. Estou certa?
 Fora que estando ainda “ presa” a meu pai, vou sintonizar com homens indisponíveis, já que no caso, meu pai era indisponível para mim. Ele era da minha mãe.

Esta questão na Constelação, é para mim o édipo de Freud
Fantástico tudo isso!
Muita coisa agora faz sentido para mim e me dá a esperança de mudanças bem legais.

Embora meu último encontro homem /mulher já não tenha sido com alguém totalmente indisponível  por ser uma pessoa solteira e sem compromisso (pelo menos que eu saiba), de alguma forma é indisponível.
Sabido isso, não sofri, não coloquei nele a responsabilidade por não ter “dado certo.” Não fiquei pau da vida por não ter ligado no dia seguinte nem nos outros dias . Rssss
Percebo muito consciente e de forma muito madura, este " afastamento".e para que isso mude, só dependo de mim mesma. Obrigada.
Mas sinceramente? Creio que já tenha dado um passinho para novas possibilidades e me sinto muito feliz com isso.
 Para finalizar, deixo aqui uma frase muito importante para mim:
"O que eu convoco no outro, tem algo meu, para rever minhas feridas, e quem sabe, curá-las?"

Sinto-me grata pelo grupo a que pertenço neste momento.

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