A
única diferença é que disse o meu primeiro não consciente, aos 30 anos, quando haveria um encontro do
CAP, meu colégio da 5ªsérie ao Ensino
Médio, depois de 18 anos sem maiores
contatos.
Minha
mãe atendeu a uma ligação do organizador
do evento ( eles ligaram para o número de telefone de solteira) e ao
receber o recado, avisou: ahhh eles ( eu e meu irmão) não vão não pois tem
festa junina da escola.
Depois
disso, quando me avisou sobre o encontro e sobre o aviso dado por ela sem a
menor consulta a minha pessoa, eu fiquei muito braba!
Como
assim decidir por mim?
Mas
foi o que sempre aconteceu a vida toda e eu nunca questionei...pelo contrário, acatava, embora no fundo eu ficasse bem irritada, mas sem força alguma para me
posicionar.Então, para ela, era super
normal responder e eu ficar quieta e
fazer o q era determinado.
Mas
desta vez não fiquei. Encarei de frente e disse: nada disso. Eu vou ao
encontro.
Neste
momento fui condecorada com o título de mimada ( ué, mas quem me mimou? Rssss)
, e passei a ser “rebelde”, graças a
Deus por uma grande causa: eu mesma, no meu direito de ser.
Fui
ao encontro, que por sinal foi maravilhoso! Lembro da roupa, do dia, das
pessoas como se fosse hoje.Minha amiga Walná ficou lá em casa e a Katia foi conosco. Foi um dia muito
feliz!
Deste
momento em diante, comecei a conquistar meus nãos. Hoje está muito mais fácil dize-los
e isso é ótimo.
Hoje
já não sou mais considerada a menina rebelde e mimada, mas a guerreira que
corre atrás dos seus desejos.
Hoje
sei o significado do NÃO para uma criança: ela está
se afirmando com este não.
A
gente é muito ignorante em muitas coisas.
As
crianças de hoje, graças a Deus , não engolem mais nossos desejos. Buscam os
seus. E questionam os nossos caso não concordem. E isso desde muito cedo.
Faça
bom proveito da historinha que começou a escrita que posto hoje.
Quando Angela tinha
apenas dois ou três anos, seus pais a ensinaram a nunca dizer NÃO. Ela devia
concordar com tudo o que eles falassem, pois, do contrário, era uma palmada e
cama.
Assim, Angela
tornou-se uma criança dócil, obediente, que nunca se zangava. Repartia suas
coisas com os outros, era responsável, não brigava, obedecia a todas as regras,
e para ela os pais estavam sempre certos.
A maioria dos
professores valorizava muito essas qualidades, porém os mais sensíveis se
perguntavam como Angela se sentia por dentro.
Ângela cresceu
cercada de amigos que gostavam dela por causa de sua meiguice e de sua extrema
prestatividade: mesmo que tivesse algum problema, ela nunca se recusava a
ajudar os outros.
Aos trinta e três
anos, Angela estava casada com um advogado e vivia com sua família numa casa
confortável. Tinha dois lindos filhos e, quando alguém lhe perguntava como se
sentia, ela sempre respondia: "Está tudo bem."
Mas, numa noite de
inverno, perto do Natal, Angela não conseguiu pegar no sono, a cabeça tomada
por terríveis pensamentos. De repente, sem saber o motivo, ela se surpreendeu
desejando com tal intensidade que sua vida acabasse, que chegou a pedir a Deus
que a levasse.
Então ela ouviu,
vinda do fundo do seu coração, uma voz serena que, baixinho, disse apenas uma
palavra: NÃO.
Naquele momento, Angela soube exatamente o que devia fazer. E eis o que
ela passou a dizer àqueles a quem mais amava:
Não, não quero.
Não, não concordo.Não, faça você.
Não, isso não serve pra mim.
Não, eu quero outra coisa.
Não, isso doeu muito.
Não, estou cansada.
Não, estou ocupada.
Não, prefiro outra coisa.
Sua família sofreu um impacto, seus
amigos reagiram com surpresa. Ângela era outra pessoa, notava-se isso nos seus
olhos, na sua postura, na forma serena mas afirmativa com que passou a
expressar o seu desejo.
À medida que Angela
foi se tornando mais capaz de dizer NÃO, as mudanças se ampliaram. Agora ela
tem muito mais consciência de si mesma, dos seus sentimentos, talentos,
necessidades e objetivos. Trabalha, administra seu próprio dinheiro, e nas
eleições escolhe seus candidatos.
Muitas vezes ela fala com seus
filhos: "Cada pessoa é diferente das outras e é bom a gente descobrir como
cada um é. O importante é dizer o que você quer e ouvir o desejo do outro,
dizer a sua opinião e ouvir o que o outro acha. Só assim podemos aprender e
crescer. Só assim podemos ser felizes."
Nenhum comentário:
Postar um comentário